Georges Palante

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(1862 - 1925).

Nietzschiano de esquerda.




Filósofo, sociólogo e professor francês. Nasceu a 20 de novembro de 1862 em Blangy-les-Arras. Morreu a 5 de agosto de 1925, em Saint-Brieuc.

Tradutor de uma obra alemã de Ziegler, foi autor de "L'Individualisme Aristocratique" (1909) e "La Sensibilité Individualiste", publicada postumamente (1995).

Considerado o último pupilo de Arthur Schopenhauer, ou o primeiro seguidor de Friedrich Nietzsche na França, opôs-se às teses sociológicas de Émile Durkheim e defendeu uma espécie de "socialismo individualista", que o levou a debates dialéticos violentos e a ser considerado pelos acadêmicos mais ortodoxos como um mero "nietzschiano de esquerda".

Ainda que de comportamento bizarro, aspirou por duas vezes a uma cadeira na prefeitura do município de Saint-Brieuc, onde lecionou filosofia por mais de 25 anos. Lá, instalava-se nos bordéis da cidade e corrigia as provas de seus alunos nos braços das prostitutas, insurgindo-se com furor sobre as hipocrisias da instituição do matrimônio.

Sobre o suicídio, tinha conceitos especiais, afirmando que a sociedade possui uma posição tão tirânica quanto à do Estado, acrescentando: "No caso de fazer-se uma investigação sobre o suicídio, esta, provavelmente revelaria que se têm matado em virtude de um sentimento de separação ou isolamento social."

Terminando como assistente da cátedra de filosofia na Sorbonne, teve sua tese de doutoramento reprovada pelos que atacara em seus virulentos trabalhos.

Fisicamente disforme e vivendo um acúmulo de reveses na vida privada, a 5 de agosto de 1925 suicidou-se com um tiro de revólver na cabeça, em Hillion, próximo de Saint-Brieuc, na Bretanha.

Sua figura inspirou o escrito e filósofo Louis Guilloux (1899 - 1980), (Grand Prix National des Lettres, de 1967 e Grand Prix de Littérature de l'Academie Française, de 1973) seu ex-aluno de 1916, a um personagem (Cripure) com suas estranhas características no romance Le Sang Noir (1935).

Cinquenta anos após sua morte, um grupo de renomados intelectuais se reuniu para descerrar uma placa de bronze em sua homenagem na capela do Lycée de Saint-Brieuc, onde lecionou por muitos anos, causando extensa polêmica entre os conservadores que continuavam a vê-lo como um "maldito".

Onfray escreveu sobre Palante em: "Physiologie de Georges Palante, portrait d’un nietzschéen de gauche".


Galeria de imagens:

G. Palante quando garoto.

 


 Casa onde viveu G. Palante.




G. Palante, sua sogra e sua esposa. 







Funeral de G. Palante.


Sua lápide.

Homenagem ao filósofo.


Intelectuais participam da homenagem a G. Palante de quando
da nomeação de uma rua com seu nome.

Túmulo de G. palante.




Trabalhos: