Germaine Lefebvre (Capucine)

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(1933 - 1990).


Modelo e atriz do cinema francês. Nasceu a 6 de janeiro de 1933, em Toulon, França. Morreu a 17 de março de 1990, em Lausanne, na Suíça.

Desde cedo demonstrou personalidade independente e refratária de inconformista, adotando o nome de uma flor (nasturtium ou capuchinho).

Estreou no cinema aos dezesseis anos, atuando no filme Rendez-vous de Julliet (1949).

Estudou em Paris, graduando-se em idiomas estrangeiros, unindo-se num casamento que só duraria sete meses. Em 1956, ingressou como modelo, desfilando para o ateliê de Hubert de Givenchy, de Paris. nesse período, foi descoberta pelo diretor Charles Feldman, que a levou para Hollywood e lhe arranjou contrato nos estúdios da Columbia, assinado em 1958.

Estrelou em Song Without End (Sonho de Amor) (1960). Participou de muitos filmes e seu maior sucesso de então foi em The Lion (1962) e The 7th Down (Sétima Aurora), onde atuou ao lado de William Holden, com quem manteve um caso amoroso por dois anos. Participou de outros filmes, como:

- Fúria no Alasca. - 1960
- Pelos bairros do vício. - 1962
- A pantera cor-de-rosa. - 1964
- O que é que há, gatinha? - 1965
- Charada em Veneza. - 1967
- Fraulein Doktor. - 1969
- Satyricon. - 1969
- Sol Vermelho. - 1971
- Uma aventura na Arábia. - 1979
- Trilha da pantera cor-de-rosa. - 1982
- A maldição da pantera cor-de-rosa. - 1983

Diante do rareamento de suas atuações, mudou-se de Hollywood para um apartamento em Lausanne, participando de filmes e programas da TV européia. Contudo, com a carreira em declínio, tornou-se reclusa e deprimida, terminando por suicidar-se, atirando-se do oitavo andar de seu apartamento suíço.

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Poesia em memória de Germaine Lefebvre pelo autor do O Suidário, Marcelo Ronconi.

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Lefebvre

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Semicerrei cada pálpebra e elevou-me em encanto
Mais dúlcida camélia ali permanente em teu rosto
Formato gracioso que tu bem sabias não ser eterno
Devotaras para mim das lembranças o puro gosto.
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As carícias entre as pérolas e pele do meu pescoço
O meu mutismo e gravidade nas notas de seu toque
Jamais redimiria meus tétricos pecados, dileto moço...
Eflúvios de amor estão em perpétuo choque.
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E entre a seda e o coração que bate mais cansado
Desta vida... Dos amores... Da penúria e toda dor...
Aos trechos do céu azul aqui nestes olhos arrasados
Poderias tu decifrar todos enigmas do meu palor?
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Ainda que segurasses minha mão e me conduzisses
Esta estrela desmoronada do firmamento distante
Eu permaneceria sozinha e diria: "Não disse?".
Há quem sobre a terra não viva para ser amante.
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Lágrimas sozinhas caem neste apartamento frio
Sou folha seca que desprende e cai d'oitavo andar
Apaguei-me, sim! Desviei o curso do meu rio!
Brilhei potente enquanto me foi possível brilhar.
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Vídeo:


Um fragmento de filme de 1969 com a atuação de Capucine.


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